Projeto Mulheres das Águas - Instituto Anjos Digitais

Projeto

Letramento 5.0: Mulheres
das Águas

O Projeto Letramento 5.0: Mulheres das Águas é uma iniciativa desenvolvida em parceria entre o Instituto Anjos Digitais, o Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), a Universidade da Amazônia (UNAMA), a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O projeto tem como foco capacitar mulheres ribeirinhas da Ilha de Cotijuba, em Belém, Pará, promovendo a inclusão digital e fortalecendo sua autonomia por meio do uso consciente de tecnologias.

Alinhado aos princípios da Educação 5.0, o projeto adota uma abordagem holística, colocando o ser humano no centro do processo educacional e utilizando a tecnologia de forma equilibrada e consciente para construir uma sociedade mais justa e sustentável. A Educação 5.0 valoriza a formação integral e a educação socioemocional, propondo práticas de aprendizagem colaborativa, inclusiva e comprometida com questões sociais e ambientais.

Inspirado por esses valores, o projeto busca fortalecer a autoestima e a autonomia das mulheres, capacitando-as no uso estratégico de tecnologias e ferramentas digitais. Além disso, promove o empreendedorismo, com foco na gestão de negócios, especialmente no setor de artesanato, incentivando melhorias na economia local e a adoção de práticas sustentáveis que respeitam as particularidades da região amazônica.

Este projeto foi pensado de forma colaborativa com as seguintes organizações

Público

Mulheres ribeirinhas

Resultados esperados

Comunidade / alunas com as seguintes competências:
- Capacidade de analisar;
- Capacidade de questionar;
- Capacidade de encontrar respostas;

Objetivos

I. Desenvolver habilidades digitais básicas das agricultoras, incluindo navegação segura na internet, uso de e-mails e o uso responsável das redes sociais para acesso a informações e comunicação.

II. Capacitar as participantes no uso de ferramentas digitais voltadas para a gestão de cooperativas, comercialização de produtos agrícolas e acesso a serviços públicos online.

III. Incentivar o uso da tecnologia para educação e formação profissional contínua, oferecendo oficinas e cursos sobre temas de interesse para a comunidade, com foco na valorização e fortalecimento da agricultura familiar.

IV. Promover o conhecimento sobre a proteção de dados e a segurança digital.

V. Fortalecer o empoderamento feminino e a autoestima das participantes, incentivando a autoconfiança e o protagonismo nas atividades econômicas e sociais.

VI. Desenvolver o empreendedorismo local, estimulando a criação e expansão de negócios, com foco na valorização do trabalho das agricultoras familiares, pescadoras e artesãs da região, promovendo práticas sustentáveis e colaborativas na produção agrícola.

Metodologia

Conhecer

Diagnóstico participativo

Conceber

Planejamento

Desenvolver

Implementar as ações

Cidadania digital

Avaliar

Etapa cíclica de melhorias e oportunidades

Reconhecida por sua história rica e praias encantadoras, a Ilha de Cotijuba é um dos principais tesouros naturais do município de Belém, Pará. Situada a cerca de 22 km ao norte da capital paraense, a ilha é acessível por embarcações que partem do distrito de Icoaraci, com um tempo médio de travessia de 45 minutos. Cotijuba é a terceira maior das 42 ilhas que compõem o arquipélago de Belém, abrangendo uma área de 15,8071 km² e abrigando aproximadamente cinco mil moradores.

Em 1990, a ilha foi declarada como Área de Proteção Ambiental (APA) por uma Lei Municipal, destacando a necessidade de conservação de seus ecossistemas. Com 15 km de praias praticamente intocadas, Cotijuba oferece paisagens de rara beleza e biodiversidade. Entre suas praias mais conhecidas estão a Praia do Vai-Quem-Quer, Praia do Farol e Praia do Amor, que dispõem de infraestrutura modesta, como bares, restaurantes e pousadas. Apesar de seu potencial turístico, a ilha ainda é um destino pouco explorado em comparação a outros pontos da região.

A economia local é baseada principalmente na pesca artesanal, agricultura de subsistência, fruticultura e, mais recentemente, no turismo. Contudo, a ilha enfrenta desafios como infraestrutura insuficiente, incluindo saneamento básico, acesso à saúde e conectividade digital, que limitam o desenvolvimento pleno da comunidade.

Cotijuba tem se destacado como palco para iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável, à valorização cultural e à inclusão digital. Projetos como o Letramento 5.0: Mulheres das Águas buscam integrar educação, tecnologia e sustentabilidade, promovendo a autonomia feminina e fortalecendo a economia comunitária, em harmonia com as diretrizes de preservação ambiental da região.

Por que esse projeto é importante?

Promover a inclusão digital em comunidades ribeirinhas é essencial para reduzir desigualdades sociais e tecnológicas, além de ampliar o acesso a ferramentas que fortalecem a autonomia feminina e impulsionam a economia local. Ao capacitar mulheres para o uso estratégico de tecnologias, essa iniciativa fomenta o desenvolvimento pessoal e profissional, incentivando práticas sustentáveis que respeitam as especificidades da região amazônica. O impacto vai além do empoderamento individual, promovendo transformações sociais, econômicas e culturais que fortalecem as comunidades e contribuem para um desenvolvimento mais justo e inclusivo.