Entre os dias 27 e 29 de junho de 2024, Maceió foi sede do 1º Encontro Técnico- Científico de Letramento e Inclusão Digital (ELID), iniciativa do Instituto Anjos Digitais, em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de
Alagoas (PPGCI/UFAL), além do apoio de patrocinadores como o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro),BrasilCap e a MobiliTelecom.
O evento reuniu cerca de 400 participantes, presencialmente e online, entre educadores, pesquisadores, gestores públicos e estudantes, com o objetivo de debater os desafios da inclusão digital no Brasil e a necessidade de políticas públicas voltadas ao letramento digital e à democratização do acesso à tecnologia.
A universidade como agente de transformação
Realizado em parceria com o PPGCI/UFAL, o encontro destacou o papel fundamental da universidade na produção de conhecimento e no desenvolvimento de estratégias para a inclusão digital. A participação da academia fortaleceu o debate com embasamento científico e trouxe reflexões sobre a importância de integrar ensino, pesquisa e extensão na busca por soluções que atendam às demandas da sociedade.
Nordeste no centro da inclusão digital
A escolha do Nordeste como ponto de partida para o ELID não foi por acaso. A região enfrenta desafios históricos de infraestrutura e conectividade, o que reforça a necessidade de iniciativas que ampliem o acesso à informação e promovam a alfabetização digital como ferramenta de cidadania e desenvolvimento socioeconômico. O evento buscou evidenciar a importância de políticas públicas voltadas para reduzir desigualdades tecnológicas e garantir que populações historicamente marginalizadas tenham voz na era digital.
Debates e atividades práticas marcam a programação
A programação incluiu palestras, oficinas e estudos de caso, proporcionando um ambiente de troca de conhecimento e construção coletiva. Com uma abordagem dinâmica, o encontro seguiu metodologias ágeis de escuta e participação, permitindo que as discussões fossem orientadas pelas realidades e demandas locais. Uma das inovações do evento foi a implementação de um sistema de reconhecimento facial para o credenciamento dos participantes, evidenciando o uso da tecnologia como ferramenta de otimização e acessibilidade.
Inclusão digital como estratégia de desenvolvimento
Os debates reforçaram a necessidade de políticas públicas que garantam não apenas o acesso à tecnologia, mas também a formação para seu uso crítico e produtivo. A inclusão digital foi apresentada como um fator essencial para a cidadania, a educação e a inserção no mercado de trabalho, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.